minhas acções. Não gosto mais de aventuras, não gosto de loucuras. Neste momento, sei que sou a pessoa mais infeliz que caminha na Terra. Visto-me de luto todos os dias, na esperança de voltar a ser invisível. Sinto-me uma carcaça sem valor. Não gosto de mim, e duvido que alguém goste. Caminho novamente sozinha, na escuridão. Voltei a olhar para o chão, no meio da multidão. E no meio desta amargura, sinto saudades. Saudades de mim. Saudades dos tempos em que sorria, saudades dos tempos em que me olhava ao espelho e gostava do que estava lá reflectido, saudades de ser a única no meio de tanta gente, saudades de ser desejada, saudades de ser feliz. E é com profunda mágoa que, assim, anuncio a minha morte. Estou morta. Não sinto nada. Já nem sinto adrenalina para voltar a erguer-me do chão. Morri. Desisto. Au revoir!

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