quinta-feira, 20 de agosto de 2009

La dolce vita

Vivemos de pequenos momentos. Temos a nossa vida fragmentada em pessoas, em sentimentos, em partículas de tempo, em vivências. Nada do que vivemos é igual ou alguma vez se repetirá. O Hoje não é igual ao Amanhã nem ao Ontem. Isto reconforta-me. Sei que poderei lembrar aquilo que de mais bonito vivi; e sei que posso melhora-lo. Sei que nunca mais sofrerei da mesma forma ou com a mesma intensidade. Reconforta-me saber que o para sempre é relativo, que o amor é relativo e que até eu sou portadora desta virtude da relatividade. Não é bom saber que podemos mudar? Não é bom saber que não nos repetimos? Assim a vida será sempre uma surpresa. A monotonia não existe.
Existe apenas algo que não muda nem mudará: a vida são fragmentos. E nós? Somos obrigados a viver esses fragmentos.
Obrigada doce vida por estes fragmentos!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Apenas...imagina

Imagina uma noite. Uma só noite.

Estás deitado numa cama, com a almofada já encharcada de lágrimas.

Tens a estrondosa habilidade de chorar apenas, sem pensar.

Que estás a fazer?

Nada.

Não pensas, não ages, nada.

Estás ali em estado vegetativo só a chorar.

Imagina a pessoa que amas nessa noite.

Onde queres que ela esteja?

Ao teu lado?

Longe de ti porque agora apenas queres solidão?

Ou queres que essa pessoa esteja ao lado de outrem, animada?

Imagina que esse outrem acontece ser a pessoa antes de ti.

E imagina agora, e por último, que quem te deixou de rastos foi, involuntariamente, a pessoa que amas…

Imagina agora que a pessoa a chorar…

Sou eu.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Friends will be friends!

Há coisas que não conseguimos explicar. Coisas que acontecem quando menos esperamos. E há coisas que temos de agradecer ao destino por as ter posto no nosso caminho. Agradeço meu fado por ter me dado tal amizade! Anos e anos a termos de aguentar uma com a outra e ainda assim continuamos aqui. Em entrega e confiança completa dia após dia. Discussões, emoções, amores, desamores, outras amizades mas nós nunca nos perdemos. Pus-me a pensar nisto, num dia tão ordinário como qualquer outro, e sorri. Sorri porque te tenho minha tão querida amiga! Por isso estas poucas e singelas palavras: para te agradecer o estares aqui, no meu coração, a meu lado.

Obrigada amiga!



Dedicado àquela que me atura os traumas e as neuras,Ju.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

P.S...

Culpo este sentimento. Se não o tivesse já demasiado cravado no peito talvez não estivesse assim e talvez não te deixasse assim. A verdade é que isto já não depende de mim. Começo a concordar com aqueles que dizem que sinónimo de amor é dor. Dói pensar que posso perder-te e perder assim parte de mim. Não espero que compreendas ou sequer aceites isto por que estou a passar. Pois tudo isto é egoísmo meu. É querer-te toda e completa só para mim. Para que possa concretizar tudo com que sempre sonhei..."e é amar-te assim perdidamente..."É perder-me num sentimento demasiado forte que causa dor, ciúme e mágoa. És tão diferente do que eu esperava encontrar. És mais forte do que eu pois acreditas naquilo em que eu deixei de acreditar. Tens tanto de bom que me sinto insignificante ao pé de ti. Tenho tanto medo de não merecer tal grandiosidade! Por favor aceita, e acima de tudo, perdoa estes meus medos e inseguranças e não me deixes cair de novo...
P.S. Fizeste-me acreditar de novo...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sombra


Sou apenas uma sombra daquilo que era…e daquilo que gostava de ser…

Excruciante dor que me assola o peito e confunde-me os sentidos. É um punhal no centro do órgão vital humano que me faz chorar. Uma angústia que não tem fim mesmo que queira. Uma alma que quero preencher mas continua vazia. Sou eu agora. Acreditar? Sim quero. Consigo? Não.

Quase parecem palavras soltas as que escrevi. Mas não são. São apenas o espelho deste meu íntimo destroçado. Tudo faz sentido na minha cabeça e preciso deitar tudo cá para fora. Guardar será pior. Engraçado como me escorrem lágrimas pela face assim tão facilmente quando penso. Dói cada vez mais. Porquê que não pára de doer?