quarta-feira, 29 de julho de 2009

(In)Certezas

Há uma parte de mim que anseia novamente pelo choro. Por vezes, acontece-me. É quando sinto o meu corpo sem vida, é quando sinto a alma desnuda, é quando estou oca por dentro. Nestas alturas o relógio pára, a cidade apaga e eu...não existo. Existe apenas pequenos fragmentos de mim a escorrem-me pela minha face.
Acontece também eu parar de chorar. O relógio está parado, a cidade continua apagada. Mas volto a mim, sinto-me de novo. Sinto o sangue a fervilhar-me nas veias, sinto vontade de gritar! Sinto vontade de sonhar, de construir objectivos, de fazer algo. Raramente o faço. Sou aquela mosquinha morta na secretária que se tem de limpar. Sou a pedra no sapato, sou a luz apagada, não sou nada.
Ciclo vicioso. Deparo-me com o nada e...volto a chorar. E é no meio deste ciclo vicioso que ouço um toque. É o meu telemóvel.
Tenho poucas, ou nenhumas!, certezas na vida. Não sei quem sou, não sei para onde vou, não sei quando vou, não sei porque choro ou porque páro de chorar. Mas é no embalo daquele som que descobro uma certeza na minha vida: eu estou incondicionalmente e irrevogavelmente apaixonada por ela.

1 comentário:

Anónimo disse...

completamente sem palavras... goto do tuuuuuu