
É ver todos e não ver ninguém. É ter tudo e nada. É o vazio pleno dentro de ti. É ninguém querer saber. É triste, amarga, rancorosa e vingativa a solidão.
Apanha-te desprevenido. Aparece quando menos precisas dela. É um vulcão que te suga e queima toda a réstia do teu ser.
Queres gritar mas sabes que ninguém te vai ouvir. Para quê teres o trabalho de gritares, de te mexeres quando não está ninguém aqui? Para quê caíres se ninguém te vai amparar a queda?
A solidão é assim. Impede de te ergueres e lutar pois nunca valerá a pena. Nunca te irão aplaudir pelos teus feitos ou desfeitos.
Agora deitas-te na cama e rezas para que finalmente não acordes para a dura realidade que é estar só.